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1.
Rev. Subj. (Impr.) ; 18(3): 26-38, set.-dez. 2018. graf, tab
Article in Portuguese | LILACS | ID: biblio-1041607

ABSTRACT

Estima-se que um terço da população brasileira desempenha atividades informais. Essa modalidade de trabalho envolve questões psicossociais e ideológicas específicas, como também representações sociais. O presente estudo objetiva caracterizar as representações sociais do trabalho informal para trabalhadores que estão inseridos nesse tipo de atividade, além de suas práticas sociais e identitárias, considerando a perspectiva da Teoria das Representações Sociais (TRS). O estudo foi exploratório e descritivo, circunscrito na abordagem qualitativa, com a participação de dez trabalhadores, os quais foram entrevistados de forma não diretiva. As narrativas foram analisadas com auxílio do IRAMUTEQ, um software de análise textual. Foi possível identificar três diferentes eixos representacionais: (a) história de vida e laboral, (b) intergeracionalidade da informalidade e (c) liberdade e precariedade do trabalho. As representações sociais do trabalho informal apresentam perspectiva hegemônica, mas também traduzem a atividade de trabalho como algo do humano, que identifica os trabalhadores, e que é insubstituível.


It is estimated that one-third of the Brazilian population performs informal activities and this modality of work involves specific psychosocial and ideological issues, as well as social representations. The present study aims to characterize the social representations of informal work for workers who are included in this type of activity, as well as their social and identity practices, considering the perspective of Social Representation Theory (TRS). The study was exploratory and descriptive, circumscribed in the qualitative approach, with the participation of ten workers interviewed in a non-directive manner. The narratives were analyzed with the help of IRAMUTEQ, a textual analysis software. It was possible to identify three different representational axes: (a) life and work history, (b) inter-generational of informality and (c) freedom and precariousness of work. The social representations of informal work have a hegemonic perspective, but also translate the work activity as something human, which identifies workers, and which is irreplaceable.


Se calcula que un tercio de la población brasileña desempeña actividades informales. Este tipo de trabajo envuelve cuestiones psicosociales e ideológicas específicas, como también representaciones sociales. El objetivo de este trabajo es caracterizar las representaciones sociales del trabajo informal para trabajadores que están metidos en este tipo de actividad, además de sus prácticas de identidad, considerando la perspectiva de la Teoría de las Representaciones Sociales (TRS). El estudio fue de exploración y descriptivo, circunscripto en el enfoque cualitativo, con la participación de diez trabajadores, los cuales fueron encuestados de forma no directiva. Las narrativas fueron analizadas con la ayuda del IRAMUTEQ, un software de análisis textual. Fue posible identificar tres distintos ejes representacionales: (a) historia laboral y de vida, (b) intergeneracionalidad de la informalidad y (c) libertad y precariedad del trabajo. Las representaciones sociales del trabajo informal presentan perspectivas hegemónicas, pero también traducen la actividad de trabajo como algo del humano, que identifica los trabajadores, y que es insubstituible.


On estime qu'un tiers de la population brésilienne travaille de manière informelle. Cette modalité de travail implique des problèmes psychosociaux et idéologiques spécifiques, bien comme des représentations sociales. La présente étude vise à caractériser les représentations sociales du travail informel pour les travailleurs inclus dans ce type d'activité, ainsi que leurs pratiques sociales et identitaires, dans l'optique de la Théorie de la Représentation Sociale (TRS). L'étude a été exploratoire et descriptive, circonscrite dans l'approche qualitative, avec la participation de dix travailleurs interviewés de manière non directive. Les récits ont été analysés à l'aide d'IRAMUTEQ, un logiciel d'analyse textuelle . Il était possible d'identifier trois axes de représentation différents: a) l'histoire de la vie et du travail, b) l'inter-générationnalité de l'informalité et c) la liberté et la précarité du travail. Les représentations sociales du travail informel ont une perspective hégémonique, mais traduisent également l'activité de travail en quelque chose d'humain, qui identifie les travailleurs et qui est irremplaçable.

2.
Rev. psicol. polit ; 17(39): 304-317, maio-ago. 2017.
Article in Portuguese | LILACS | ID: biblio-978933

ABSTRACT

Neste artigo, procurou-se observar os efeitos subjetivos do processo de precarização do trabalho na contemporaneidade. Para tal, promoveu-se a articulação dos resultados de três pesquisas realizadas com diferentes sujeitos que têm, em sua singularidade, um ponto de interseção: a imersão nesse contexto de precarização. Como procedimento de análise de dados, foi adotada a Psicodinâmica do Trabalho a partir da qual propôsse uma reflexão sobre as formas precarizadas de trabalho e seus desdobramentos. As pesquisas articuladas envolvem psicoterapeutas que atendem em clínicas vinculadas a planos de saúde, trabalhadoras e trabalhadores terceirizados do Departamento de Trânsito do Estado do Rio de Janeiro - e aspectos legislativos da terceirização no Brasil - e funcionários subcontratados de uma universidade pública. Observou-se que as práticas flexíveis que constituem o cenário de precarização do trabalho tendem a instrumentalizar o fazer singular de cada sujeito, dificultar a formação de coletivos e movimentos de resistência que visam o reconhecimento de direitos e afirmam a criação de formas de trabalho que estejam a favor da vida em suas dimensões ético-políticas.


In this article, we seek to observe the subjective effects of the process of work precarization in the contemporaneity. For that, we promote the articulation of the results of three researches conducted with different subjects that have, in their singularity, a point of intersection: the immersion in this context of precarization. The Psycho-dynamics of Work was adopted as a data analysis procedure from which we intend to propose a reflection about the precarious forms of work and its consequences. The articulated researches involve psychotherapists who work in clinics linked to health plans, outsourced employees from DETRAN/RJ - and legal aspects about outsourcing process in Brazil - and subcontracted workers of a public university. Therefore, we observe that the flexible practices that constitute the scenario of the work precarization tend to instrumentalize the singular work of each subject, to hinder the formation of collectives and resistance movements that aim at the recognition of rights and affirm the creation of forms of work that are linked to life in its ethical-political dimensions.


En este artículo tratamos de observar los efectos subjetivos del proceso de precarización del trabajo en la contemporaneidad. Para eso, promovemos la articulación de los resultados de tres investigaciones realizadas con diferentes sujetos que tienen, en su singularidad, un punto de intersección: la inmersión en ese contexto de precarización. Como procedimiento de análisis de datos, se adoptó la Psicodinámica del Trabajo a partir de la cual buscamos proponer una reflexión sobre las formas precarizadas de trabajo y sus desdoblamientos. Las investigaciones articuladas implican a psicoterapeutas que atienden en clínicas vinculadas a planes de salud, trabajadores y trabajadoras tercerizados del DETRAN/RJ - y aspectos legislativos de la tercerización en Brasil - y empleados subcontratados de una universidad pública. Observamos, por lo tanto, que las prácticas flexibles que constituyen el escenario de precarización del trabajo tienden a instrumentalizar el hacer singular de cada sujeto, dificultar la formación de colectivos y movimientos de resistencia que apuntan al reconocimiento de derechos y afirman la creación de formas de trabajo que están a favor de la vida en sus dimensiones ético-políticas.


Dans cet article, nous avons cherché à observer les effets subjectifs du processus de précarisation du travail à l'époque contemporaine. À cette fin, nous avons favorisé l'articulation des résultats de trois enquêtes menées auprès de sujets différents qui ont, dans leur singularité, un point d'intersection: l'immersion dans ce contexte de précarité. En tant que procédure d'analyse des données, il a été adopté la psychodynamique du travail à partir de laquelle une réflexion sur les formes de travail précaires et son déroulement a été proposée Les enquêtes impliquent des psychothérapeutes qui fréquentent des cliniques liées à des régimes de soins de santé complementaria, des travailleurs soustraités du Département de la Circulation de l'État de Rio de Janeiro - ainsi que les aspects législatifs de la soustraitance au Brésil - et des employés soustraités d'une université publique. Il a été observé que les pratiques flexibles qui constituent le scénario de précarisation du travail tendent à instrumentaliser la pratique singulière de chaque sujet, à entraver la formation de mouvements collectifs et de mouvements de résistance visant à la reconnaissance des droits et affirmant la création de formes de travail en faveur de la vie dans ses dimensions éthiques et politiques.

3.
Psicol. USP ; 27(2): 332-340, mai.-ago. 2016.
Article in Portuguese | LILACS | ID: lil-792630

ABSTRACT

Resumo: Ensaia-se, por uma crítica teórica, desenvolver o conceito de corporatividade para além do sentido representacional hegemônico de identificação profissional. Para tanto, opera na distinção entre corpo e organização do trabalho, promovendo uma intercessão entre clínica da atividade e esquizoanálise. Toma-se um paradoxo da atividade do motorista de ônibus urbano, oscilando entre políticas da amizade e políticas de controle, entre capital e improdutividade, enfim, entre desunião e cooperação, para desenvolver tal problemática pela situação concreta de trabalho. Afirma-se a crucialidade da sustentação dos paradoxos da atividade na constituição de corpos coletivos de trabalho.


Résumé: On essaye, par une critique théorique, de développer le concept de corporactivité au-delà du hégémonique sens représentationnelle d'identification professionnelle. Pour ce faire, on opère sur la distinction entre corps et organisation du travail, en promouvant une intersection entre la clinique de l'activité et la schizo-analyse. On prend le paradoxe de l'activité du conducteur de bus, qui oscille entre politiques d'amitié et politiques de contrôle, entre capital et improductivité, enfin, entre désunion et coopération, pour développer tel problèmatique par la situation concrète de travail. On affirme la crucialité des paradoxes de l'activité dans la composition des corps collectifs de travail.


Resumen: Desde una crítica teórica, este artículo propone a desarrollar el concepto de corporactividad más allá del sentido representacional hegemónico de identificación profesional. Para ello, opera en la distinción entre el cuerpo y la organización del trabajo, promoviendo una intercesión entre la clínica de la actividad y el esquizoanálisis. Se toma una paradoja de la actividad del conductor de autobús urbano, que oscila entre las políticas de amistad y políticas de control, entre el capital e improductividad, en fin, entre la desunión y cooperación, para que se desarrolle el problema por la situación concreta de trabajo. Se afirma la crucialidad de la sustentación de las paradojas de la actividad en la composición de los cuerpos colectivos de trabajo.


Abstract: This essay proposes, through a theoretical critique, the development of the concept of corporactivity beyond the hegemonic representational sense of professional identification. To do so, it operates on the distinction between body and work organization, promoting an intercession between clinic of activity and schizoanalysis. It takes a paradox of activity of the urban bus driver, oscillating between politics of friendship and politics of control, between capital and unproductivity, between disunion and cooperation, to develop such problematic through the concrete situation of work. The support of the paradoxes of activity is affirmed as crucial in the composition of collective bodies of work.

4.
Rev. mal-estar subj ; 11(1): 65-99, mar. 2011.
Article in Portuguese | LILACS-Express | LILACS | ID: lil-693235

ABSTRACT

A segunda metade do século passado é a época da institucionalização do tema do sofrimento no trabalho, especialmente o de natureza mental. Porém, mais do que uma categoria psicológica, o sofrimento parece ter se transformado em uma nova chave para se discutir o trabalho, seu significado, seu valor e sua função na compreensão da subjetividade, como também do modo como se estruturam os laços sociais e se vive em sociedade. Se, de um lado, não parece restarem dúvidas de que o sofrimento no trabalho, como modalidade de mal estar, é uma categoria analítica que norteia a ação de diversos atores que pesquisam e intervêm nesse campo, de outro, parece menos comum a existência de debates sobre a natureza, as razões e implicações dessa tomada de posição diante do sujeito e o trabalho. O objetivo deste artigo é contribuir nessa direção. Argumenta-se que a retórica do sofrimento posiciona o sujeito como um ser vulnerável que necessita de contínuo subsídio e apoio para agir, ao passo que o próprio trabalho é concebido como uma ameaça. O artigo realiza uma discussão sobre as possibilidades que se abrem a partir de um deslocamento do sujeito do sofrimento para o sujeito da ação, e do trabalho como fator de adoecimento para o trabalho como atividade criadora.


The second half of the 20th century is the time of the institutionalization of suffering at work, and especially of mental suffering. However, more than a psychological category, suffering appears to have become a new key for the discussion of work, its meaning, its worth, and its purpose in the understanding of subjectivity, as well as for how social ties are structured and how one lives in society. If, on the one hand, there seems to be no doubt left that suffering at work, as a form of malaise, is an analytical category that drives the actions of several actors that study and intervene in this field, on the other hand the presence of debate on the nature, reasons and implications of this taking of sides before the subject and work appears to have become less commonplace. The purpose of this paper is to offer a contribution in this direction. We argue that the rhetoric of suffering positions the subject as a vulnerable being that needs constant input and support to act, while work itself is conceived of as a threat. The article discusses the possibilities created by a shift from the subject of suffering to the subject of action, and from work as a disease factor to work as a creative activity.


La segunda mitad del siglo pasado es la época de la institucionalización del tema del sufrimiento en el trabajo, en especial lo de naturaleza mental. Pero, más do que una categoría psicológica, el sufrimiento parece haberse vuelto en una nueva clave para se discutir el trabajo, su significado, su valor y su función en la comprensión de la subjetividad, sino también del modo como se estructuran los lazos sociales y como se vive en sociedad. Si, por un lado, no parece haber dudas de que el sufrimiento en el trabajo, como modalidad de malestar, es una categoría analítica que guía la acción de diversos actores que investigan y intervienen en este campo, por otro parece menos común que haya debates acerca de la naturaleza, las razones e implicaciones de esa toma de decisión delante del sujeto y el trabajo. El objetivo de este artículo es contribuir en esa dirección. Argumentase que la retórica del sufrimiento posiciona el sujeto como un ser vulnerable que necesita de continuo subsidio y apoyo para actuar, al paso que el propio trabajo es concebido como una amenaza. El artículo presenta una discusión sobre las posibilidades que se abren a partir de un desplazamiento del sujeto del sufrimiento para el sujeto de la acción, y del trabajo como factor de adolecimiento para el trabajo como actividad creadora.


La seconde moitié du dernier siècle est la période de l'institutionnalisation du thème de la souffrance au travail, notamment de nature mentale. Cependant, plus qu'une catégorie psychologique, la souffrance semble avoir eté erigée en concept clé pour discuter le travail, son sens, son valeur et son rôle dans la compréhension de la subjectivité, ainsi que pour comprendre la façon dont se structurent les liens sociaux. Au même temps que la souffrance au travail, comme une modalité du malaise, est une catégorie analytique qui guide l'action des différents acteurs qui recherchent et interviennent dans ce domaine, les débats autour de la nature, les raisons et les conséquences de cette prise de position sur le sujet et le travail semblent être moins visibles. Cet article essaie de contribuer à ce débat. On avance l'hypothèse que la rhétorique de la souffrance s'appuie sur une conception du sujet comme un être vulnérable, qui a besoin d'être toujours soutenu pour agir, tandis que le travail lui-même est conçu comme une menace. On fait une discussion sur les possibilités qui s'ouvrent lorsque on se déplace du sujet de la souffrance vers le sujet de l'action, et du travail comme facteur de maladie vers le travail comme activité créatrice.

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